sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Crônicas da Tormenta (Resenha)

Há muitos anos, na época da saudosa revista Tormenta, éramos presenteados bimestralmente com bons contos ambientados no mundo de Arton. E desde aquela época, existia uma vontade coletiva de que esses contos fossem reunidos em um livro. Com o tempo, infelizmente, a revista Tormenta parou de ser publicada, o que acabou reforçando ainda mais o desejo dos leitores em ver uma compilação trazendo essas tão queridas histórias.



Mais de uma década depois, Tormenta ganhou novos colaboradores, o cenário engordou com riquíssimos materiais e uma enxurrada de publicações que não se limitavam ao RPG (incluindo uma trilogia de romances e histórias em quadrinhos). E mesmo assim, a necessidade de resgatar aquele passado glorioso ainda era compartilhada pelos fãs.

Ano passado, finalmente foi publicado As Crônicas da Tormenta: Antologia de Contos, reunindo muitos nomes já consagrados na literatura fantástica nacional, bem como colaboradores de longas datas do cenário.

A obra, além de resgatar contos antigos, acaba sendo uma demonstração dos mais variados pontos de vista sobre a vida em Arton, do espirituoso pirata fanfarrão caçador de tesouros à elfa adolescente tentando se consagrar como barda.

Dentre os novos contos que se destacam, temos a fatalista História de Herói, de Leonel Caldela. Até aí nenhuma novidade. Estamos falando do escritor da Trilogia da Tormenta que também assinou a maioria das publicações do cenário lançadas desde 2007. Se tem um escritor que entende Arton e se sente em casa escrevendo sobre o mesmo, esse alguém é o Leonel.


Os dois melhores contos do livro ficam por conta dos escritores Raphael Draccon com Hedryl, uma épica e sanguinolenta história de vingança, e Leandro Radnak, com o fantástico suspense Lua das Trevas.

Ainda temos os competentes Ária Noturna, uma emocionante história de piratas escrita por Marlon Teske, O Perfil do Escorpião, um surpreendente conto ambientado no Deserto da Perdição, escrito por ninguém menos do que Rogério Saladino (um dos criadores do cenário) e o arrepiante Teopatia, uma incrível e caótica viagem na mente de um psicopata, escrita pelo genial (e um pouco assustador...) Remo Disconzi.

Ana Cristina Rodrigues assina Canção para Duas Vozes, Douglas MCT (escritor da saga Necrópolis) assina o suspense Revés, Cláudio Villa assina O Último Golpe de Javelin e ainda temos O Roxinol e os Espinhos, também escrito por Remo Disconzi.


Direto do túnel do tempo, mais precisamente das páginas da revista Tormenta, temos os consagrados contos Ressurreição, de Leonel Caldela, O Vingador de Aço, de Marcelo Cassaro, Arautos da Guerra (o melhor conto oficial já escrito sobre Arton) de Antônio Augusto Shaftiel e O Cerco, de JM Trevisan, que também é o organizador do livro.

De um modo geral, Crônicas da Tormenta é uma boa antologia e correspondeu as expectativas de quem há muito tempo aguardava reencontrar essas histórias. Uma leitura obrigatória para mestres e jogadores de Tormenta. 

Em relação aos materiais inéditos, é uma pena que o editor tenha se preocupado mais em reunir bons nomes do que  em reunir bons contos. O livro poderia ser ainda melhor.

Nota: ★★★☆☆

sábado, 4 de fevereiro de 2012

E a marmota viu a própria sombra...

Na última quinta (02/02), durante o Dia da Marmota, o impensável aconteceu. A marmota Phil, da cidade de Punxsutawney (Pensilvânia), olhou a sua sombra! Para os desavisados, isso significa que o inverno no hemisfério norte está longe de acabar, durando mais 6 semanas.


E tira esse sorriso bobo da cara! Não é só o povo lá de cima que tomou no nabo com essa notícia, esses tempos frios chegarão aqui também. Aproveitem enquanto ainda há calor, porque como diria Ned Stark, o inverno está chegando....

Whata?

O Dia da Marmota (2 de Fevereiro) é uma antiga tradição alemã, praticada nos USA e no Canadá desde o século 19 (na Europa, o evento envolve outros animais, como os ursos e texugos).

Milhares de pessoas se reúnem para testemunhar o momento em que a marmota acorda depois de longos meses de hibernação e sai da toca. Se estiver um dia ensolarado e ela olhar a própria sombra, o roedor se assusta e volta para a toca, o que significa que o inverno será rigoroso e prolongado. Caso a marmota não se assuste com a própria sombra, obviamente a primavera chegará mais cedo.


O Feitiço do Tempo

Um dos meus filmes preferidos de infância, O Feitiço do Tempo (Groundhog Day), é ambientado nesse simpático dia. Na história, Bill Murray é Phil (sim, o mesmo nome da marmota), um repórter frustrado que todos os anos cobre (contra a sua vontade) o Dia da Marmota.


Só que para o pesadelo do repórter, uma mágica o prende para sempre no dia 2 de fevereiro, fazendo com que o Phil acorde sempre nessa mesma data. O filme mostra as tentativas frustradas do repórter em desfazer o feitiço.


Winter is Coming...