quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ricardo Augusto Felício e o Aquecimento Global

Não sou publicitário, mas entendo os conceitos de forma e conteúdo na hora de divulgar uma mensagem.

Ontem, o simpático doutor em geografia, mestre em meteorologia e professor da USP, Ricardo Augusto Felício, deu uma interessante, bem humorada e polêmica entrevista no Programa do Jô, basicamente alegando que o efeito estufa é uma mentira imposta por países do primeiro mundo para manter emergentes na coleira. 

Por mais que eu compartilhe parcialmente do ponto de vista do climatologista, achei a entrevista absurda e irresponsável. Uma coisa é ele divulgar a sua tese (aliás, muito bem fundamentada) em uma sala de aula, em um congresso ou em uma palestra para especialistas na área (ou aspirantes), outra bem diferente é propagar as mesmas idéias em um programa de TV, para milhões de leigos, em um momento tão delicado, com devastações ecológicas desenfreadas e um novo e polêmico código florestal recém aprovado na câmara dos deputados. 


Precisa ser PhD para saber que brasileiros são desinteressados em política, cidadania, segurança pública e preservação do meio ambiente? Mesmo que ele tenha aberto um parenteses ressaltando rapidamente que sua tese não justifica a destruição das florestas, é óbvio que o resultado de uma entrevista como a de ontem é o desinteresse de boa parte da população em futuras questões ambientais. Tão importante quanto a mensagem em si, é o modo como ela é divulgada e para quem ela será divulgada. A última coisa que meus relaxados compatriotas precisam ouvir é: "não precisa se preocupar, tá tudo legal...". 

Não faz 12 horas que a entrevista foi ao ar, e já temos centenas de compartilhamentos do link da entrevista no Facebook. Em 12 horas, essas pessoas não foram pesquisar sobre o assunto, elas simplesmente acataram uma tese divulgada na TV e passaram a ser os mais fiéis devotos das idéias do professor Ricardo Augusto, assim como há alguns anos, essas mesmas pessoas acreditaram cegamente em um outro cientista que apareceu na TV dizendo que o mundo estava esquentando.

O que eu quero dizer com tudo isso? Muitas coisas são ditas na TV, por especialistas ou não. Não acredite em tudo você vê ou ouve, pesquise antes de abraçar aquilo como se fosse uma verdade absoluta, e se você quer saber, duvide das pesquisas também. Até porque, se tratando de aquecimento global, existem milhares de teses. E é isso que elas são, apenas teses. Independente de qualquer coisa, faça sua parte, exerça cidadania e preserve o meio ambiente. 

A tese do professor Ricardo Augusto é interessantíssima, e já faz algum tempo que eu venho adotando algumas das suas idéias. Mas a irresponsabilidade dele ontem foi sem precedentes, digna de mentes geniais, e curiosamente ao mesmo tempo, estúpidas. 

Winter is Coming...

34 comentários:

  1. Desculpe, Lê, mas não posso concordar com seu texto.
    Sua "tese" de que o brasileiro é desinteressado por assuntos importantes só dá mais razão ao Professor Felicio de vir expor os dados colhidos pela ciência. Sim, porque o aquecimento global nunca existiu na academia; os cientistas riem da hipótese.
    Até agora fomos bombardeados por uma forma de terrorismo cruel: o mundo vai acabar pela ação do homem! Isso é uma mentira tremenda que não se sustenta entre os estudiosos sérios.
    Pesquise a respeito do professor Felicio, Professor Luiz Molion, mestre Milton Santos, Mario Fontes, Professor Suguio, e tantos outros, e vai descobrir a verdadeira razão do conto-de-fadas do aquecimento global.

    Não podemos aceitar calados que a culpa seja despejada em nossas costas! Todos devemos ter o compromisso com a não-poluição e com o não-desmatamento por questões outras, não apenas para enriquecer os pilantras que exploram nossas riquezas desde Colombo.

    Abraço!
    juliopegna@gmail.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Júlio, eu não vejo como dizer à população que seus atos contra o meio ambiente não trarão consequências, seja algo positivo. Ainda mais atualmente. Em plena semana em que o novo código florestal foi aprovado na câmara dos deputados, a conversa que predominava na internet foi terem "raspado a cabeça de uma Panicat". Como eu disse no texto, não é a mensagem, é a forma como ela foi exposta e para quem ela foi direcionada.

      O seu julgamento é o julgamento de alguém esclarecido, ou que atua de alguma forma na área. Tente se colocar no lugar da grande maioria da população, cuja preocupação em relação ao meio ambiente não se dá por amor ou por senso de dever, mas por achar que a própria sobrevivência depende disso.

      Mesmo que não tenha sido essa a intenção do professor (por quem eu tenho muito respeito), a mensagem que ele conseguiu transmitir em meia hora de entrevista foi de indiferença e irresponsabilidade.

      Agradeço o seu comentário. Um grande abraço.

      Excluir
  2. Meu caro, assisti o programa de Jô e fiquei preocupado com a convicção que o professor expôs sua teoria sobre o aquecimento global para um público leigo no assunto. Da forma como foi exposto, pessoas que não tem compromisso com a preservação do planeta ficarão ainda mais descuidadas e continuarão a destruí-lo. Concordo com sua exposição e continuarei fazendo a minha parte.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ele não está sozinho. Já no mundo todo, eu vinha acompanhando essa questão (como leiga) e faz algum tempo. O problema todo é o que ele fala a respeito dos cientistas que mudaram de uma guerra fria para outra ... Esses caras sim estão vendidos. IPCC é uma farsa, WWF outra farsa da qual fazem parte grandes capitalistas e por aí afora. Interessa pricipalmente aos mercados financeiros. Vejam como exemplo as taxas carbono.

      A entrevista dele não foi de forma alguma inconsequente como dito acima. O problema, me desculpe é o entrevistador, que por sua vez não consegue ter uma atitude séria e respeitar pessoas que tenham conhecimento científico. Foi lamentável a participação do Juca de Oliveira.

      Excluir
    2. Meus caros, não sou conhecedor profundo do assunto, mas é lógico o que professor relatou, em parte é preoculpante em outras não.Lógico que em um lugar com abundância em água, mesmo que desmate todo plantação, ao longo do tempo novas plantas nasceram, por uma simples ação da natureza.Carlos Soares/bsb

      Excluir
  3. Se procurarem entrevistas do ínclito professor na net, verão que ele menciona que atualmente o homem pode repelir qualquer forma de poluição, todavia, não o querem pelo alto custo (pensamento capitalista) e que para isso, jogam a conta da preservação para a sociedade (e eu você), alegando justamente as mentiras que todos sabem, como a farsa do aquecimento global e etc. Além disso, eles conseguem lucra com tudo isso, pois fazem de tudo pra que você compre um produto menos poluidor e muito mais caro. Não é correto a população poluir, no entanto, ao tentarem preservar e lucrar ao mesmo tempo, o fazem baseado em mentiras.

    ResponderExcluir
  4. Olá boa noite. Concordo contigo Lê. Acabei achando o seu blog pesquisando sobre o especialista entrevistado. Como interessado no assunto fiquei assustado também com a repercurssão da entrevista pelo Facebook. Sobre a entrevista, achei legal ele defender sua posição sobre as suas pesquisas e teses não somente no meio acadêmico. Mas no Jô Soares? Acho que poderia ter sido algo no formato de debate... acho mais responsável com público em geral e respeitoso com os pequisadores que trabalham com teses que se opõem à dele. Porém o que mais me deixou assustado foi como pode ter ficado a impressão para o público como um todo, de uma normalidade à uma situação que não atinge somente o aspecto de aquecimento. Acredito que a sustentabilidade tem pontos interessantes sim e pertinentes ao nosso estilo de vida atual. Consumo e geração de lixo, contaminação dos lençóis freáticos, são apenas alguns exemplos. Sem querer desrespeitar o acadêmico, achei ele um tanto radical e com uma postura arrogante e oportunista.

    ResponderExcluir
  5. Interessante sua colocação Lê. E muito importante o debate sobre o tema. Como disseram aqui, eu também queria muito ouvir a defesa do outro lado da questão. O tema e a proposta da entrevista são polêmicos. E sim, a combinação entre o pensamento científico e a ação irreverente do humor pode ter seus pontos negativos, mas também tem seus pontos positivos, pois estamos aqui, trocando ideias. Concordo que a grande maioria da população não tem preocupações ambientais e, nesta circunstância, e de forma rasa, essa indiferença com o meio ambiente ganha respaldo científico. Mas devo ressaltar que grande parte dessa mesma população é totalmente esclarecida. O ato da reciclagem e do reaproveitamento está presente na vida dos mais pobres e menos instruídos antes mesmo de existir o nome reciclagem ou sustentabilidade. Portanto, é importante termos em mente o fato de ser "leigo", como você mesmo afirma, não determina o descomprometimento com a sustentabilidade. Precisamos ter cuidado, ao avaliarmos esse tipo de questão, para não cairmos no erro de colocar o ato de conhecer ou o conhecimento, como determinante positiva. Possuir conhecimento sobre algo não determina uma atitude socialmente positiva. Portanto, talvez o que mais tenha me incomodado na entrevista é a sensação de deslumbramento que as afirmações do Professor Ricardo Augusto causaram. Neste sentido, o deslumbramento é perigoso, ele instaura a verdade dos fatos, como se fosse possível a verdade. A verdade é um tema filosófico e religioso, não científico. A ciência é experiência e, portanto, mediada pela circunstância produz inúmeras verdades. Desconfio sempre quando um cientista aparece afirmando algo como mentira, porque a negação, a partir do ponto de vista psicanalítico, é uma afirmação. Ou seja, cria na mesma proporção da mentira, uma verdade, ou melhor dizendo, a verdade do fato. Apesar da tese do professor ter vários fundamentos e não ser mera exposição, creio que o mesmo foi descuidado com a forma e com a escolha das palavras para a entrevista. E nisso, concordamos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde.

      Você levantou pontos interessantes que eu infelizmente acabei ignorando no meu texto, como a "imposição da verdade" feita pelo cientista (talvez deslumbrado pelo momento em que falava em rede nacional), a prática da reciclagem pelos mais pobres e o fato de "ter conhecimento" não necessariamente significar preocupação ou engajamento socioambiental, embora eu tenha pedido no meu post, para que os leigos não se foquem tanto nas teses e se preocupem mais em exercer seus deveres sociais. Essa é a filosofia do curso de Defesa Civil, já que somos instruídos a não nos preocuparmos tanto com o aquecimento ou esfriamento global, mas sim com os cada vez mais frequentes e intensos desastres naturais, e com as vidas sendo perdidas.

      Enfim, comentários esclarecedores como o seu, elevam o nível da discussão. Parabéns pelas observações.

      Abraços.

      Excluir
  6. Acho curiosa e engraçada a preocupação das pessoas que estão comentando nesse site com a "irresponsabilidade". A imprensa é livre e ele expõe as idéias dele como quiser. Ele tem fundamento e referencias - que não são comuns em programas de TV para povo médio Brasileiro, ignorante e burro. Ele fez varias referencias e falou da mesma maneira que falam os “terroristas” para convencer e causar preocupações. Ele usou argumentos fortes e de impacto, e seu conhecimento a seu favor.

    Achei ótima a exposição dos fatos, etc. Sou defensor de longa data de que, além de interesses discutíveis (económicos, governos, etc), são a incapacidade de analisar os dados de muitos ditos “especialistas”. O Burt Rutan, grande ciêntista prático aeronautico, já fez várias críticas, sem ser especialista no assunto (ver conferência da OshKosh de 2008, se não me engano).

    O Ricardo Felicio deve expor sua opinião. Se ele estiver errado, "a ciência" vai demostrar com o tempo e ele vai ter que se adequar. Por enquanto, ele fez o melhor questionamento que vi sobre o assunto no Brasil.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Questionamentos corretos, feitos com palavras erradas e no lugar errado.

      Sobre a liberdade de imprensa, não sei se ela se aplica à um cientista... Mas mesmo que seja o caso, somos livres para falar e fazer o que bem entendermos, mas somos reféns das consequências dos nossos atos.

      É uma pena que o preço do conhecimento de alguns seja a perda do bom senso, caso contrário, você enxergaria que a gravidade das consequências da entrevista do professor Ricardo Felício, vão muito além de um possível "julgamento da ciência"...

      Abraços.

      Excluir
    2. É assim mesmo Rodrigo, cada um com sua opinião e isso forma o pensamento livre. Você expõe a sua, o professor a dele, eu a minha, o autor do blog a dele e quem mais aparecer. Concordamos em pontos, discordamos em outros e vamos seguindo e nos construindo a partir desses encontros. Isso é a vida em sociedade. E cada um de nós fala de um lugar que é formado por experiências, que formam valores e formas de ver o mundo e o outro. O que também parece reafirmar a ideia de que não existe a verdade, a não ser para a filosofia e para a religião, como havia dito anteriormente, e como você mesmo enfatiza quando compara a forma do professor falar a de um "terrorista", o qual tem o pensamento voltado para a fé e pela fé comete as maiores atrocidades. Ou seja, tudo está no mesmo caldeirão, tanto o que eu digo, como o que você diz. Apenas, pelos mesmos motivos eu vi descuido e você parece ter ficado empolgado e feliz que algo assim tenha sido dito e dito da forma que foi. Enfim, falamos apenas de lugares diferentes, mas com a mesma ideia de liberdade.

      Excluir
  7. Assite aí... http://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Assisti Anderson, muito interessante. E o mais interessante é ver que esse documentário foi exibido por uma TV britânica, isso o torna no mínimo irônico. Valeu pelo link.

      Excluir
  8. Moro em Manaus. Conheço a Amazônia e sei o quanto o povo está sofrendo restrições impostas por governos para obter aquilo que é essencial para sua sobrevivência: o alimento. É muito importante colocar dúvidas sobre teorias ciencíficas.

    ResponderExcluir
  9. Lê, seu texto só não foi impecável por um detalhe, não acho ELE, o dr. irresponsável. É o dever dele informar. Acredito que o Jô já sabia das teorias do Ricardo e as perguntas foram especialmente escolhidas por ele, Jô. Justamente no intuito de divulgar amplamente, onde está o erro, no caso, da emissora Rede Globo.
    É da Globo a autonomia de exibir ou não seu conteúdo previamente gravado.
    INFELIZMENTE, os leigos, em todos os sentidos, tanto no conhecimento específico quanto conhecimento de vida, podem interpretar suas palavras como convite a continuar a sujar nossa terra! Espero que as pessoas que seguem seu blog entendam o recado do Ricardo, e rezo para que suas palavras não se tornem combustível para pessoas que gostam de "sujar" e "destroir" o planeta. Abraços!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É isso mesmo, assiste com a minha avó e ela já fez um comentário do tipo "então não tem nada demais jogar lixo no bueiro", olha isso, não tem lógica com o que o professor Ricardo disse, porém foi irresponsável da parte dele tirar sarro da sustentabilidade e a Amazônia, a população leiga entende no geral, por exemplo, continuar poluindo e sujando o planeta. Se ele foi para falar do efeito estufa, que ele falasse somente do efeito estufa, camada de ozônio e etc; eu sei que essas coisas compreende meio ambiente e fica difícil não citar, porém faltou delicadeza com as palavras. Em programas assim é como ensinar crianças.

      Excluir
    2. Leonardo, o Jô só tem responsabilidade pelas perguntas, não pelas respostas. E sim, o programa é uma mistura de entrevista e humor, então, o politicamente correto não faz parte do programa do Jô e ele já deixou bem claro e explícito isso em várias oportunidades. Então, a responsabilidade pelas respostas é do entrevistado, não do programa. O entrevistado é que tem que saber como conduzir sua ideia para que ela seja vista de um jeito ou de outro. As perguntas do Jô não induziram o modo como o professor Ricardo Felicio se colocou, foram perguntas simples e diretas. Basta procurar o programa e rever. Eu não sou defensora da Rede Globo, muito pelo contrário, e já fiquei muito revoltada com vários programas do Jô Soares, por tirar sarro do entrevistado, principalmente com pessoas simples, que não tinham habilidade pra defesa. Mas este não foi o caso, e se assistir outras entrevistas do professor Ricardo verá que seguem a mesma linha.

      Excluir
    3. Desculpe discordar meu anjo! Mas a responsabilidade da emissora é no sentido de saber o tipo de informação que está sendo veiculada. Eles tem o poder de vetar essa ou aquela entrevista. O professor fez o trabalho dele. É o trabalho dele informar. A emissora sabe do poder que tem ao emitir um tipo de mensagem, ainda que o professor saiba desse poder.

      Excluir
    4. Boa noite Leonardo.

      O fato de colocarem um microfone na sua boca, não te dá o direito de falar o que vier a mente, ou melhor, não te isenta das consequências das coisas que serão ditas por você.

      Se por um lado você tem razão quando diz que a emissora tem a obrigação de saber o tipo de informação que será veiculada, por outro ela não tem controle de como que isso será feito. Até porque, com uma postura menos agressiva e mais consciente por parte do professor, essa entrevista teria sido uma das melhores dos últimos anos. Faltou um pouco de "simancol" ali.

      É a mesma coisa que atribuir a culpa do crime à quem vendeu a arma, e não à quem atirou.

      Talvez esse não tenha sido o melhor exemplo, mas enfim, abraços.

      Excluir
  10. Parabéns ao autor do blog pelos comentários e pela discussão extremamente pertinente e importante. Compartilho da mesma idéia de que como um cientista que é o Ricardo, houve total irresponsabilidade nas questões levantadas de sua parte, principalmente quando pensamos no papel que ocupa na sociedade e como transmissor do conhecimento. As questões tem sim que serem levantadas, mas de forma cautelosa e coerente pensando naqueles que não possuem uma formação à respeito e em suas consequências. A visão transmitida de alguns de seus comentários foi extremamente singular, como na absurda afirmação dos cortes de árvores na Amazônia, e repito o belo adendo feito pelo autor: "quem em sã consciência" (e com conhecimento de causa) falaria um absurdo desses em rede nacional? Ele pode ser especialista sim em clima, mas em seus argumentos contra a sustentabilidade, mostra não ter visão nenhuma do que é a VIDA no planeta! É lamentável ver um especialista, renomado como tal, expor suas idéias de maneira tão inconsequente para um público leigo, e no momento (de código florestal recém aprovado) em que vivemos... Lamentável...

    ResponderExcluir
  11. Muitos aqui disseram que queriam ver um debate entre o Professor Ricardo e um defensor do Aquecimento Global. Então vamos lá:
    http://www.youtube.com/watch?v=wkIIOv1v-Zc&feature=related

    Para quem tiver um pouco de paciência, veja este outro vídeo que mostra mais detalhadamente oq o Professor tentou explicar no Jô >>
    http://www.youtube.com/watch?v=oJTNJBZxX6E&feature=youtu.be

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Importante frisar o dizer do professor "A questão é: eu tenho paises ricos, desenvolvidos, industrializados dizendo aos paises pobres (que tem 30% da população na completa miséria) que estes não podem se desenvolver sob a disculpa da chamada SUSTENTABILIDADE".

      Excluir
    2. Oi Vitor, vi o vídeo do debate e achei ótimo, principalmente porque haviam pessoas de outros seguimentos: empresário, ong etc. É visível a falta de coerência no discurso dos que defendem o aquecimento. não só falta de coerência, mas falta de embasamento e profundidade na discussão. Também comecei a ver a aula. Mas a impressão que tive dos primeiros 40 minutos da sua aula foi a mesma da entrevista do Jô: o Ricardo Felicio tem ótimos argumentos, acredito em sua teoria, apesar de às vezes parecer teoria da conspiração, mas tirando alguns exageros, ela é muito boa. O problema, vejo eu, é na forma de apresentação. Ele defende a teoria como um militante de partido político, não como um cientista e muitas de suas palavras acabam prejudicando o discurso, tornando-o pueril (e não é pueril). A agressividade e a chacota acabam por retirar o crédito da sua defesa, ele não é um crítico de jornal, é um cientista. e haje como um ativista político, querendo a todo custo incutir um discurso na cabeça das pessoas. E isso só o prejudica e causa desconfiança sobre as suas afirmações, pois uma teoria sendo bem articulada não precisa disso, pelo contrário, ela precisa não se utilizar disso, até para que se fortifique a sua articulação. Entende o que quero dizer? Ao rebater com agressividade a agressividade da opressão que sofre ele não desfaz o ciclo vicioso, e ainda perde a razão, porque a sua agressividade é explícita, enquanto a dos opressores é implícita. Ou seja, o que se mostra para a sociedade são pessoas com um discurso sóbrio tentando proteger o mundo versus um cientista revoltado dizendo que não podemos fazer nada. Em quem as pessoas, que querem tanto acreditar que podem fazer alguma coisa para ter um mundo melhor vão acreditar? Qual discurso vai se sustentar? Aquele dito com sobriedade ou o dito com histeria? Entende?

      Excluir
  12. Falei acima que ele não está só.
    Nesse endereço vcs. podem ver outros videos sobre A Grande Farsa do Aquecimento Global é o polêmico e controverso documentário exibido no dia 8 de março de 2007 no Channel 4 no Reino Unido.

    http://agfdag.wordpress.com/videos/

    ResponderExcluir
  13. Colegas, vi em outra entrevista feita pelo professor que ele gostaria sim de debater as idéias com os ciêntistas que defedem o aquecimento global (já houve alguns), todavia, o próprio afirmou que, mesmo a despeito dos convites feitos para a realização do debate, não houve êxitos (recusa injustificada).

    Enquanto ao fato de publicar seu artigos em revistas científicas, ele comentou que nao há apoio,e que por isso as revistas rejeitam as idéias, e por consequência, acaba não sendo prestígiado (enfraquecendo ainda mais as teorias).

    Vale ressaltar que muitos criticam as teses defendidas pelo professor, porém não imaginam a importancia que estas idéias representam para a humanidade.

    Imaginem: Inumeros Doutores, phd`s, membros do governo de várias nações reunidos, afirmando que os fenômenos devastadores acontecem em decorrência de X. Y. e Z., e que para isso é necessário mudar radicalmente o estilo de vida da humanidade, quem seria nós leigos para contraria-los?

    Perceberam a UNILATERALIDADE? Perceberam a importância?

    Somos mais contralados do que imaginamos, essa é a realidade, o problema é que muitos se recusam a enchegar, e o pior cego é aquele que nao quer vê.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Creio que todos que estão se colocando neste espaço são favoráveis às ideias do professor Ricardo Felício e que o debate aqui desenvolvido está entorno da forma de apresentação de suas ideias. Veja os links colocados acima pelo Vítor, são bem bacanas. E leia o que escrevi sobre os 40 primeiros minutos que assisti da aula (logo acima do que você escreveu). Assista a aula e veja se há fundamento nas observações que fiz, ok? Ah! o link do debate também é interessantíssimo. Vale a pena. abraços

      Excluir
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    3. Sim concordo com vc! sua postura não condiz com um cientista e que sua agressividade nos discursos diminui seu poder de persuasão, todavia acredito que o professor não procura prestígio junto aos demais cientistas e na comunidade acadêmica, mas sim, ACIMA DE TUDO, ele procura alertar para os completos absurdos que acontecem "frente a nossos olhos".

      Sua agressividade confirma justamente o que ele prega, pois se soubessemos, sem a menor dúvida, que estamos sendo enganados, não seria algo revoltante? Abrir os olhos de pessoas completamente alienadas e conservadoras não é uma terefa nenhum pouco fácil.

      Ou seja, condordo que sua postura informal o prejudica, mas admiro seu trabalho em prol de um BEM MAIOR.

      Muito grato pelos Vídeos e pelo debate construtivo. ABRAÇOS

      Excluir
  14. É muito interessante o que você postou, é exatamente o que penso. Entendi a explicação dele que é sobre o clima, portanto tem muitos no Brasil que primeiro precisa aprender a ter educação pra depois aprender coisa mais importantes. Foi irresponsável da parte dele tirar sarro sobre a sustentabilidade, alguém precisa ensiná-lo que sustentabilidade não é só clima, temperatura e etc... Achei impressionante o descaso dele com a Amazônia e o meio - ambiente que influi no clima. Esses PhD são phodas, possui diploma e acham que são donos do conhecimentos. Em programas como este que é para leigos, precisa-se de habilidades com as palavras, alguns entenderam a moral da história, porém milhares acham que podem botar fogo em tudo e continuar maltratando nosso planeta.

    ResponderExcluir
  15. Eu vi esse vídeo hoje e dei muita risada. Não podia deixar de compartilhar. http://www.youtube.com/watch?v=TfhraQLBJEo&feature=fvwrel

    ResponderExcluir
  16. Esse post foi basicamente retirado da minha mente. Não posso concordar mais!

    ResponderExcluir
  17. Uma coisa é refutar a teoria do aquecimento global antropogênico, outra coisa é fazer uma série de afirmativas correlatas que este professor fez.

    Por mais que seja Phd em climatologia ele cometeu erros seríssimos em sua entrevista que seriam refutados por qualquer cientista consequente sendo este cético a teoria do aquecimento global antropogênico ou favorável a ela, ele deslisou em termos científicos para um lado obscuro do negaciosismo que não encontra paralelo em QUALQUER PESQUISADOR SÉRIO.

    A entrevista cai em exageros que poderiam ser evitados. Dizer que desmatada toda a Amazônia ela retornaria as condições de floresta em vinte anos é um desses. Mesmo em termos de precipitação isto não ocorreria, pois grande parte da precipitação na Amazônia é convectiva, e se eliminada a retenção de umidade que a floresta propicia este tipo de regime seria fortemente alterado, ficaríamos principalmente com precipitações regidas por monções que variam extremamente durante o ano.

    Falando também da Amazônia, a recuperação de áreas completamente degradadas pode e ocorre em quantidade e não em qualidade, levando a um empobrecimento do bioma, a experiência na serra do mar indica que a regeneração das florestas levam a um período de 15 a 30 anos de florestas dominadas por espécies pioneiras para depois de 60 a 200 anos para a floresta começar a apresentar características das florestas primárias. Quanto a fauna a extinção de uma floresta (mesmo que parcial) leva também a extinção de muitas espécies que não tem possibilidade de recuperação.

    Acho que o bilhete azul que o Professor tentou passar a agressão a natureza (sob o ponto de vista de modificação) me pareceu desproposital. Uma coisa é refutar a teoria do aquecimento global antropogênico, outra coisa é contrariar a experiência histórica do empobrecimento das espécies causadas por grandes intervenções sobre o bioma. Podemos dar como exemplo o que ocorreu na Europa, onde séculos de desmatamento reduziram as espécies a um número insignificante dessas. Quem já andou pelos remanescentes da floresta Atlântica (mesmo em latitudes altas) e por uma floresta européia nota a fragrante diferença em termos de espécie, não interessando o grau de conservação que se tenha hoje em dia.

    Outro exagero do Professor foi dizer que o nível do mar não está se alterando, pois com ou sem AGA o mar vem subindo quase que a uma taxa constante nos últimos séculos (vide leitura de marégrafos mais antigos). Ele poderia simplesmente dizer que esta taxa parece se mostrar independente da quantidade de CO2, que seria mais uma constatação de dados do que qualquer outra coisa, mas dizer que o mar não está subindo é uma imensa bobagem que ninguém (mesmo o mais cético dos cientistas) admite. Uma coisa são os efeitos naturais, outra são as supostas razões antropogênicas.

    Também falando do mar, quando lhe foi questionado sobre a diminuição de praias, causadas mais por obras costeiras que interrompem o transporte litorâneo, o professor simplesmente ignorou o fenômeno, este sim antrópico, para não dizer coisa com coisa.

    Outro erro seríssimo que o professor coloca em sua entrevista é a negação pura e simples do efeito estufa NATURAL que garante a temperatura da Terra, cientistas completamente céticos da Teoria do AGA, não negam este efeito, simplesmente minimizam o efeito variabilidade antropogênica dos gases de efeito estufa sobre o clima da Terra, em nenhum momento li algo como o professor afirmou, mesmo nos mais ardentes adversários da teoria do aquecimento global antropogênico, a simplificação que o mesmo fez, atribuindo a pressão como elemento que conserva a temperatura da Terra, não resiste a nenhuma análise termodinâmica simplificada, foi um dos pontos mais baixos da sua entrevista.

    Em resumo, acho que a entrevista foi mediática e utilizando frases bombásticas ele simplesmente fez exatamente o que os alarmistas do clima fazem, lançou palavras que carecem de qualquer base científica e observacional séria.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Rogério, depois da entrevista vi outros vídeos com o Professor para entender melhor seu raciocínio. O Vítor, aí em cima, colocou dois links interessantes. Um debate e uma aula. Na aula o Ricardo Felício explica melhor porque não existe efeito estufa. Não conheço aprofundadamente o assunto, então, talvez você possa ver e dizer se a análise dele na aula está correta ou não. Ele explica as diferenças entre o funcionamento de uma estufa e o que ocorre no sistema da Terra. Mas concordo com você em todos os demais pontos. abraços.

      Excluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.